sábado, 25 de maio de 2013

CONFIRA AS RESPOSTAS DA AVALIAÇÃO REALIZADA NO DIA 23 DE MAIO DE 2013

AVALIAÇÃO DE GEOGRAFIA

1) As afirmações seguintes relacionam-se a acordos internacionais – Rio de Janeiro (1992) e Kyoto (1997) – para redução da emissão de gases que intensificam o efeito estufa e aceleram o aquecimento global, atingindo assim todos os climas da Terra.

I. Os Estados Unidos da América e a China são os principais países emissores de gases de efeito estufa, devido ao grande volume de suas atividades econômicas.

II. Os Estados Unidos foram um dos primeiros países a aderir ao primeiro tratado citado propondo, durante a Rio 92, que um país possa comprar de outro parte da cota da emissão de gases-estufa.

III. Os acordos internacionais, apesar de polêmicos, não contrariam interesses dos produtores de petróleo e de automóveis.

IV. Vários países do mundo aderiram ao Tratado de Kyoto, concordando em estabelecer metas para reduzir a emissão de gases estufa desde o início do século XXI.

Está correto apenas o que se afirma em: 

a) I e II     b) I e III      c) II e IV      d) II e III      e) I e IV



2) O planisfério retrata um fenômeno muito significativo e cada vez mais preocupante no mundo globalizado. O movimento representado pelo sentido das flechas se concretiza por razões diversas, mas com repercussões importantes em grandes extensões do espaço geográfico. É mais provável que a situação representada no mapa seja




a) o movimento de terroristas responsáveis por atentados em áreas urbanas no hemisfério norte.
b) a transferência de tecnologia referente ao uso de células tronco. 
c) os fluxos migratórios atuais. 
d) o comércio ilegal de armamentos nucleares. 
e) a produção e consumo de biogás. 



3) Os livros didáticos de geografia, ao discutirem a questão da demografia mundial, têm indicado tendências quanto à dinâmica populacional para os próximos anos. As alternativas abaixo indicam tais tendências, EXCETO:

a) Há uma efetiva desaceleração nas médias de crescimento populacional mundial, a despeito do fato de que a média mundial esconde diferenças como: ser muito baixa nos países ricos e ainda ser alta nos países pobres.

b) As migrações estão inseridas nas tendências mundiais da população, e estão diminuindo. Os movimentos migratórios, em termos mundiais, têm se dirigido a países em desenvolvimento, como o Brasil.

c) Em 2007, pela primeira vez na história mundial, ocorreu o fato de haver mais pessoas morando na zona urbana, do que na zona rural. O crescimento urbano ocorre de maneira mais acelerada nos países em desenvolvimento, onde tal processo deve agravar os problemas socioeconômicos próprios da urbanização.

d) Há uma tendência de envelhecimento da população mundial. Isso se observa a partir da combinação entre crescimento vegetativo baixo e aumento da longevidade.



4) Tendo em vista a dinâmica mundial dos movimentos migratórios na atualidade, qual das afirmações a seguir pode ser considerada correta?

a) As graves crises econômicas e políticas que estão ocorrendo na África têm feito com que as fronteiras de alguns países sejam palco de afluxo de milhares de refugiados, produzindo o que podemos chamar de "fronteiras em caos".

b) A fronteira que separa a Europa do Noroeste da África mantém a mesma abertura da década de 50 e essa situação é de suma importância para o fluxo migratório em direção à Europa.

c) Na África, as migrações entre países pobres não encontram impedimentos por parte dos Estados, fato que provoca uma grande mobilidade da população em todo o território africano.

d) As migrações oriundas da região do Caribe, em direção à América do Norte, não conhecem nenhum tipo de obstáculo, fato que tem contribuído para o aumento dos fluxos migratórios.

e) As "fronteiras abertas" dos países da Europa Ocidental têm permitido o livre fluxo de imigrantes oriundos, principalmente, dos países do Caribe e da África que apresentam graves problemas econômicos.



5) Sobre o tema "migrações da população", é incorreto afirmar que:

a) Os movimentos migratórios não são aleatórios, mas decorrentes de condições econômicas, políticas e até naturais.

b) Êxodo rural é um movimento populacional que ocorre no sentido campo→ cidade.

c) Com a globalização os movimentos migratórios se tornaram mais intensos e estimulados por todas as nações desenvolvidas 
para suprir a falta de mão-de-obra. 

d) A Europa foi, durante muito tempo, área de emigração e hoje é um centro receptor de imigrantes.

e) As migrações contribuem consideravelmente ao processo de miscigenação étnica da população.

6) (ENEM / 2006) – Tendência nas Migrações Internacionais
O relatório anual (2002) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela transformações na origem dos fluxos migratórios. Observa-se aumento das migrações de chineses, filipinos, russos e ucranianos com destino aos países-membros da OCDE. Também foi registrado aumento de fluxos migratórios provenientes da América Latina. 

As migrações citadas estão relacionadas, principalmente, à

a) Ameaça de terrorismo em países pertencentes à OCDE.

b) Política dos países mais ricos de incentivo à imigração.

c) Perseguição religiosa em países muçulmanos.

d) Repressão política em países do Leste Europeu.

e) Busca de oportunidades de emprego.



7) As migrações internacionais vêm ganhando um certo destaque no cenário mundial, já há alguns anos, ou seja, desde a década de 80 do século passado. Contribuíram para esse importante fato, estudado pela Geografia Humana:
1) as desigualdades econômicas regionais. 
2) os conflitos bélicos. 
3) a destruição do bloco soviético. 
4) a formação de blocos econômicos. 
5) a nova onda de epidemias. 
6) o fim das divergências étnicas. 
Estão corretas apenas: 
 a) 1, 2 e 5    b) 3, 4 e 6    c) 1, 5 e 6    d) 1, 2, 3 e 4     e) 2, 3, 4 e 5 



8) Considerando-se os reflexos das migrações internacionais na organização do espaço mundial, é INCORRETO afirmar que há:

a) um aumento de ações decorrentes da xenofobia que caracteriza parcela da população dos países receptores de imigrantes.

b) um crescimento do contingente de imigrantes ilegais, o que tem favorecido a criação de leis que dificultam e criminalizam a presença deles nos países receptores.

c) plena integração cultural e socioeconômica, no país receptor, das gerações posteriores de imigrantes, tornadas cidadãos nacionais.

d) uma tendência à mudança do perfil étnico, nos países receptores, em razão do número de imigrantes recebidos e de seu comportamento demográfico diferenciado. 

9) Reflita sobre a ilustração. A ONU realizou, em 1997, uma Convenção sobre mudanças climáticas que se tornou conhecida por Protocolo de Kyoto. Considerando as decisões dessa Convenção, depreende-se que o autor da ilustração

 
a) demonstra o empenho dos Estados Unidos no combate às causas do chamado aquecimento global. 

b) defende as ações que os Estados Unidos tomaram para eliminar as causas do efeito estufa do planeta.

c) critica os Estados Unidos por desrespeitarem determinações de organizações que defendem o meio ambiente.

d) denuncia os Estados Unidos pelo fato de ele ter proibido a realização de congressos em defesa do meio ambiente. 

e) concorda com a política ambiental dos Estados Unidos de redução de gases que provocam o efeito estufa.



10) “Para produtos e capital, a globalização acabou com as fronteiras. Para pessoas, não.”(Revista Época, 03/07/06, p. 38.)
A diferença de nível de vida leva milhares de habitantes de países pobres a tentar a busca de novas oportunidades nos países ricos, gerando problemas de imigração. Nesse contexto, é incorreto afirmar que: 

a) A motivação que impulsiona o processo migratório, antes de ser um processo de expulsão pela falta de perspectiva de trabalho no país de origem, é resultante da atração que os países ricos exercem sobre os países pobres.

b) As restrições impostas à migração têm gerado políticas cada vez mais rígidas de controle de fronteiras, condicionando o surgimento de inúmeros itinerários de rotas não convencionais.

c) A acolhida e a rejeição da mão de obra do imigrante são partes de um mesmo processo: países ricos precisam de sua força de trabalho para tarefas menos qualificadas ao mesmo tempo em que desenvolvem resistência contra suas características culturais/étnicas.

d) As migrações internacionais não foram estancadas pelo processo de globalização, pois, a despeito de uma considerável geração de trabalho nos países fonte de migrantes, a globalização tem contribuído, dentre outras coisas, para a primarização das economias, concentração de renda e ampliação das desigualdades sociais nos países periféricos.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Testando seus conhecimentos...


1) (PUC PR) Leia atentamente o texto abaixo:
Todos os dias, milhares de jovens e adultos levantam-se antes do nascer do Sol, pegam o ônibus, mais outro ônibus e, cerca de uma hora depois, estão no município vizinho, uma metrópole. Lá está o seu lugar de trabalho ou de estudo, ou até de ambos, enfim, o lugar do seu longo dia.  Pela noite, é hora de voltar. Um ônibus num terminal, outro ônibus e outro terminal e bem tarde, está em sua casa, em sua cidade, que é tipicamente uma cidade-dormitório.  Noutro dia, o programa será o mesmo.
Esse é o cotidiano de milhares de pessoas que vivem nas regiões metropolitanas do Brasil: cada dia um vai-e-vem.
Essa forma de migração é denominada:
a) Movimento pendular.
b) Êxodo rural.
c) Êxodo urbano.
d) Migração sazonal.
e) Transumância.

2) (UNIFESP) O lamentável episódio que culminou no assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes em Londres remete à lembrança de que o Brasil é um país de emigrantes. Os principais destinos de brasileiros geraram denominações como “brazucas”, “dekasseguis” e “brasiguaios”, que são associados, respectivamente, a brasileiros que foram para:

a) Estados Unidos, Japão e Paraguai.
b) União Européia, China e Bolívia.
c) Reino Unido, Coréia do Sul e Paraguai.
d) Estados Unidos, Coréia do Sul e Bolívia.
e) Reino Unido, Japão e Equador.

3) (Unicamp) A tabela a seguir traz informações sobre a percentagem de pessoas que residem fora de seu Estado de origem, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2001/2007 do IBGE.
Com base nas informações da tabela sobre a dinâmica migratória da população brasileira, é possível afirmar que:
a) Os Estados da região Nordeste do Brasil apresentaram, no período, a menor percentagem de população nascida em outras Unidades da Federação. Isso ocorre porque os Estados dessa região sempre apresentaram uma elevada taxa de imigração de sua população para unidades da federação.
b) Os Estados da região Centro-Oeste apresentaram, no período, a maior percentagem de pessoas residentes oriundas de outras Unidades da Federação. Isso ocorre porque esses Estados receberam, nas últimas décadas, elevados fluxos migratórios de população brasileira para a ocupação da fronteira agrícola.
c) Nos Estados da região Sudeste houve um decréscimo da percentagem de pessoas residentes nascidas em
outras Unidades da Federação. Isso ocorre porque todos os Estados dessa região sempre tiveram importantes fluxos emigratórios de população direcionados para a ocupação de outras regiões do país.
d) Os Estados da região Sul têm o segundo menor índice de pessoas residentes não naturais dessas Unidades da Federação. Isso ocorre porque esses Estados, historicamente, apresentam baixos fluxos emigratórios de sua população com destino a outras unidades da federação.

domingo, 19 de maio de 2013

Vídeo-debate sobre maioridade penal realizado pelo jornal Estadão

O desembargador Antonio Carlos Malheiros, que é contra a redução da maioridade penal, e o promotor Marcelo Luiz Barone, que é a favor, debatem o tema. Mediação do advogado Cristiano Avila Maronna.  (Publicado em 07/05/2013)  Duração  33min14s

O DEBATE SOBRE A MAIORIDADE PENAL


LEIA OS TEXTOS E REGISTRE SUA OPINIÃO NOS COMENTÁRIOS (no final dessa postagem)


Texto 1: Reduzir a maioridade penal é confissão de culpa do Estado

Ninguém seria contra o aumento das punições se os governantes tivessem cumprido suas obrigações legais no trato da infância brasileira.
Por Herson Capri

Depois de um homicídio executado por um menor de 18 anos em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) enviou ao Congresso um projeto de lei que amplia a punição para menores que praticarem delitos graves. O secretário de Segurança Pública do Estado, Fernando Grella, acha isso necessário “para proteger o cidadão de bem”. Ambos querem alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, um conjunto de normas de proteção aos menores, com respaldo internacional e da ONU e considerado uma das leis mais avançadas na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. Alckmin e Grella preferem modificar essa lei a realizar políticas públicas de inclusão de crianças e adolescentes carentes exigidas pelo mesmo estatuto e que, com certeza, reduziria em muito os crimes praticados pelos jovens. Pelo posicionamento do governador de São Paulo e do seu secretário de Segurança, o “cidadão de bem”, aquele da classe média ou alta, engravatado, totalmente inserido no nosso contexto social, merece a proteção do Estado, já o menor abandonado, sem nenhuma condição de viver dignamente e que por isso acaba caindo na marginalidade, não merece a mesma atenção.
Há também movimentos para reduzir a maioridade penal. Essas alterações no ECA, se acontecerem, irão atingir principalmente aquele segmento já excluído que vive à margem da sociedade. A criança e o adolescente de classe média ou alta, a minoria, tem boa alimentação, uma educação muito melhor do que a da escola pública, a presença constante de familiares, tem acesso às informações, à cultura, ao lazer, enfim, à dignidade. Coisas que fazem a diferença e que não estão presentes em medida aceitável nas classes mais baixas nas quais os pais estão lutando pela sobrevivência, ou muitas vezes desempregados, às vezes optando por atividades ilegais, e os seus filhos ficam à deriva nas escolas públicas ainda deficientes e à mercê de oportunidades lucrativas, porém espúrias. Esses jovens mais pobres são a maioria e se deparam com uma política pública quase nula para essa faixa de idade, com poucas exceções. Essa exclusão fica bem clara com a constatação de que 92% dos municípios brasileiros não têm cinema, nem teatro, nem museu. Então aonde o jovem vai se expressar, se manifestar, adquirir cultura e se enturmar de forma saudável?
Se em alguns países a maioridade penal se dá em idade menor do que a nossa é porque há políticas públicas eficientes, o jovem tem amparo de fato por parte do Estado. No nosso caso há a previsão na lei, mas não há o fato. Segundo o Art. 4º do ECA “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”
A questão mais importante não é a idade penal ou a pouca punição. A proteção dos jovens vítimas do abandono é, reconhecidamente, o melhor caminho para se evitar a delinquência juvenil. Se houver a redução da maioridade penal ou alteração nas penas já estabelecidas, estaremos tapando o sol com a peneira e eximindo a sociedade e o poder público de qualquer culpa. E a culpa maior é do Estado, que não cumpre a lei. Ninguém seria contra a redução da idade penal ou o aumento das punições para menores delinquentes se os governantes tivessem cumprido com as suas obrigações legais, se houvesse democracia de fato para essas crianças.
A sensação que fica nestas tentativas de modificar uma lei exemplar é a mesma dos nazistas: se os judeus supostamente atrapalham a economia, morte aos judeus. Ou como aconteceu no Rio de Janeiro, numa certa época: os mendigos estão poluindo o visual da cidade, prendam-se os mendigos. Ou como no massacre do Carandiru: os presos empilhados em condições desumanas se revoltaram e... Deu no que deu. Massacre. A solução mais fácil, mais burra e mais cruel.
Chama atenção o argumento de que a criminalidade dos menores está aumentando gradativamente nos últimos anos. Como se esse aumento fosse uma mostra da necessidade da redução da maioridade penal. Essa não é uma análise do fato com a retidão necessária. É claro que a criminalidade do menor está aumentando, mas é claro também que o motivo é o abandono, que só aumenta. Preferem investir maciçamente em segurança. Para eles, faz muito sentido.
Realmente, ao se cuidar da infância pobre, de concreto e de imediato não se ganha nada do ponto de vista material e pouco do ponto de vista eleitoral. Mas se é esse o objetivo de um político, de um governante, obter vantagens, que se reduza a maioridade penal e que se aumente a penalização dos nossos adolescentes. Seria até melhor declarar em alto e bom som: as crianças e adolescentes que não tem condições de ter uma boa vida, que se lixem!
Pois é o que alguns adolescentes estão fazendo: eles estão se lixando! O feitiço está virando contra o feiticeiro. Se os “homens de bem” não fizeram o dever de casa, como exigir que menores esfomeados e desesperados façam os seus?
Herson Capri é ator.
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/reduzir-a-maioridade-penal-e-confissao-de-culpa-do-estado (publicado em 07/05/2013)


TEXTO 2: Maioridade penal e discernimento
Por: ROGÉRIO GANDRA MARTINS

O ponto de partida dos debates sobre a redução da maioridade penal é o Direito.
Nossa Constituição consagrou no artigo 14 que "a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos (...) sendo o direito ao voto facultativo aos maiores de 16 anos e menores de 18".
Por outro prisma, a Constituição estabeleceu em seu artigo 228 que "são penalmente inimputáveis os menores de 18 anos, sujeitos às normas da legislação especial".
A legislação especial a que faz menção o artigo veio a ser promulgada pouco após a Constituição: O Estatuto da Criança e do Adolescente (lei nº 8.069/90), que tratou no campo específico do menor infrator o estabelecimento de "medidas socioeducativas" como formas de "penas" pelos atos praticados.
Comparando o tratamento conferido ao menor caso cometa algum ato contra a lei e a gama de direitos ao mesmo conferidos, noto uma verdadeira esquizofrenia legislativa.
O Código Civil de 2002, por exemplo, estabelece que o menor pode dispor sobre seu patrimônio por testamento, ser mandatário em atos jurídicos, entre outras conquistas.
Quando se verifica que o menor pode por si só entender as complexidades de um contrato de compra e venda, mas não consegue "discernir plenamente" o que é um homicídio ou não, e caso o pratique será totalmente inimputável, conclui-se que há uma profunda discrepância entre como os outros campos de direito cada vez mais veem o "menor" como apto a conhecer a realidade de direitos e deveres e a legislação penal, datada de 1940, que ainda o vê com ares de total falta de discernimento, tratando-o como uma criança de 2 anos!
Ainda do ponto de vista jurídico, não compartilho do entendimento segundo o qual a inimputabilidade penal ao menor de 18 anos seja uma cláusula pétrea da Constituição e, portanto, imodificável. O Direito deve ser revisto de forma urgente, caso contrário, continuará letra morta na questão da maioridade penal.
O tema quebrou as barreiras de questionamentos acerca de classes sociais. Barbáries são perpetradas hoje por jovens de todas as classes e a todos é necessária imperiosa repreensão estatal.
Reconheço que a diminuição da maioridade penal não resolverá em absoluto os problemas da criminalidade. Mas, uma vez aprovada, grande parte dos "menores sem discernimento" parará para pensar antes de cometer atrocidades.
Não podemos ser ingênuos a ponto de imaginar que um menor que pratica um ilícito não sabe de todo o aparato de benesses que o espera. No máximo uma condução a um estabelecimento especial, com a aplicação de uma medida socioeducativa, prazo de permanência ínfimo, bem como um período de prescrição da conduta mínimo.
Se adotada a medida, as técnicas do crime organizado de usar a infantaria dos "menores inimputáveis" na primeira linha do front de guerra, a fim de que os "de maior" sejam poupados para operações de grande vulto, seriam razoavelmente diminuídas.
O problema da criminalidade no país só será realmente analisado caso se pratiquem contundentes medidas interdisciplinares. Um elevadíssimo investimento em educação de altíssima qualidade, aparelhamento e condições efetivas para que as polícias possam de fato prestar segurança à população, uma verdadeira revolução em termos de políticas públicas a fim de retirar as populações menos abastadas dos níveis de miséria e não as algemas eleitorais de parcas bolsas família e tantas outras bolsas.
Se 93% da população brasileira é favorável a essa redução, o mínimo que a ela se pode ofertar é a possibilidade de exercer sua cidadania por um plebiscito.
Ou se toma uma atitude condizente com a realidade brasileira, ou o que se poderá falar amanhã para o pai ou mãe de um filho vítima inocente de um homicídio com requintes de crueldade? Será que aceitarão as palavras "Tenham pena do garoto, não sabe ainda o que faz"?

ROGÉRIO GANDRA MARTINS, 43, advogado atuante em direito público, é membro do conselho superior de direito da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo)

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2013/05/1277461-rogerio-gandra-martins-maioridade-penal-e-discernimento.shtml (Publicado em 13/05/2013)

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O Infográfico como ferramenta de estudo

Infografia é uma forma ilustrada, por desenhos ou fotografias, ou ainda juntando os dois, de forma a apoiar o texto de uma matéria ou ainda o estudo de um determinado assunto. Você pode encontrar infográficos de diversos assuntos na internet. Para alguns alunos pode ser uma maneira mais interessante de estudar.

Hoje, com a necessidade da informação ser absorvida de maneira mais rápida, os infográficos estão sendo utilizados em grande escala e estão presentes em provas de concursos, vestibulares e no ENEM. São muito frequentes em jornais e revistas (impressos e  eletrônicos). Mas há que se ter consciência de um detalhe: a infografia não pode competir com um texto, ela tem que complementar o texto.






Entenda a diferença entre Sisu, Prouni e Fies



A reestruturação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ampliou as possibilidades para os estudantes que saem do ensino médio entrarem em uma faculdade ou universidade. Muitas instituições de ensino passaram a adotar o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) - que utiliza as notas do Enem - como forma de seleção parcial ou integral, o que fez aumentar a procura e as notas dos participantes:no Sisu deste ano, mais de 1,9 milhão de candidatos concorreram a 129 mil vagas.
Quem não conseguiu nota suficiente para entrar na universidade pelo Sisu, pode ainda recorrer a outras duas formas alternativas aos vestibulares tradicionais: o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Entenda a diferença entre estas três formas de seleção.

Sisu

O Sistema de Seleção Unificada foi desenvolvido pelo Ministério da Educação para selecionar os candidatos às vagas das instituições públicas de ensino superior que utilizarão a nota do Enem como única fase de seu processo seletivo. A seleção é feita pelo Sistema com base na nota obtida pelo candidato. No site, os candidatos podem consultar as vagas disponíveis, pesquisando as instituições e os seus respectivos cursos participantes. A primeira chamada do Sisu 2013 já foi divulgada. 

Prouni

O Programa Universidade para Todos oferece, para estudantes de baixa renda, bolsas de estudo integrais ou parciais - quando o estudante precisa arcar com 50% das mensalidades do curso - em faculdades ou universidades particulares. O Prouni também seleciona os candidatos com base na pontuação obtida pelo Enem: é necessário ter feito mais de 450 pontos na prova, e não ter tirado nota zero na redação
Para participar, o candidato precisa ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou em uma instituição de ensino particular como bolsista. Para concorrer à bolsa integral, é preciso comprovar renda bruta familiar por pessoa de até 1,5 salário mínimo. Para as bolsas parciais, a renda familiar deve ser de até três salários mínimos por pessoa. 

Fies

O Fundo de Financiamento Estudantil é um programa, também do Ministério da Educação, que financia a graduação na educação superior de estudantes matriculados em instituições particulares. Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliação positiva nas avaliações do MEC.
Desde 2010, o Fies passou a operar em fluxo contínuo, ou seja, o estudante pode solicitar o financiamento em qualquer período do ano, de acordo com a sua necessidade. As inscrições são feitas pelo SisFies (Sistema Informatizado do Fies), disponível para acesso no site do próprio Fies. Os estudantes que fazem sua graduação pelo Fies passam por três períodos até quitarem seus financiamento:
Fase de utilização: Durante o período de duração do curso, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50, referente ao pagamento de juros incidentes sobre o financiamento.
Fase de carência: Após a conclusão do curso, o estudante terá 18 meses de carência para recompor seu orçamento. Nesse período, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50, referente ao pagamento de juros incidentes sobre o financiamento.
- Fase de amortização: Encerrado o período de carência, o saldo devedor do estudante será parcelado em até três vezes o período financiado do curso, acrescido de 12 meses. Ou seja, se o curso feito teve a duração de quatro anos, ele terá 13 anos para quitar o saldo.
O estudante que conseguir apenas uma bolsa parcial (50% da mensalidade) no Prouni pode custear a outra parte por meio do Fies sem necessidade de apresentar fiador.
Fonte: www.uol.com.br

A POPULAÇÃO BRASILEIRA EM NÚMEROS


Fonte: www.ibge.gov.br





O catálogo A USP e as Profissões apresenta a USP e suas formas de profissionalização de um ponto de vista abrangente, proporcionando uma visão global da Universidade. Ao mesmo tempo, deseja contribuir para que o estudante, ao tornar-se universitário, desenvolva um relacionamento integrador com a comunidade universitária e com a sociedade, aproveitando as múltiplas atividades acadêmicas, culturais e sociais que a USP lhe oferece. Adicionalmente, indica as unidades de ensino, os cursos oferecidos e as ações de apoio aos alunos em cada um dos sete campi, além de seus órgãos de integração (institutos especializados e museus). Descreve também os perfis dos profissionais formados pelos diversos cursos e sua atuação no mercado de trabalho.

O catálogo está disponível no seguinte link:

http://www.prceu.usp.br/portal.php/downloads/uspprofi/catalogo_uspprofi-2013.pdf

MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS

Reportagem do programa Sem Fronteiras da Globonews que analisa os movimentos migratórios internacionais.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Fuvest, Unesp, Unicamp e outras 4 instituições divulgam datas do vestibular 2014

A Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), Unesp (Universidade Estadual Paulista), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) e PUC-Campinas divulgaram o calendário de seus vestibulares 2014.

As instituições se reuniram no dia 17 de abril para criar uma agenda conjunta. Confira as datas: 

Fuvest
Inscrições: de 23/ago a 9/set
Exame da primeira fase: 24/nov
Exames da segunda fase: de 5/jan/2014 a 7/jan/2014
Primeira chamada: 1°/fev/2014

Unesp
Inscrições: de 16/set a 11/out
Exame da primeira fase: 17/nov
Exames da segunda fase: de 15/dez e 16/dez
Primeira chamada para matrícula virtual: 27/jan/2014

Unicamp
Inscrições: de 19/ago a 13/set
Exame da primeira fase: 10/nov
Exames da segunda fase: de 12/jan/2014 a 14/jan/2014
Prova de habilidades específicas: de 20/jan/2014 a 23/jan/2014
Primeira chamada: 3/fev/2014

Unifesp
Inscrições: de 23/set a 25/out
Exame de fase única: 12/dez e 13/dez
Primeira chamada: 29/jan/2014
ITA
Inscrições: data ainda não definida
Exame de fase única: de 10/dez e 13/dez
Primeira chamada: 27/dez

PUC-SP
Inscrições: de 14/out a 13/nov
Exame de fase única: 1°/dez 
Primeira chamada: 19/dez/2013

PUC-Campinas
Inscrições: data ainda não definida
Exame de fase única: 29/nov e 30/nov 
Primeira chamada: 13/dez/2013

Fonte: www.uol.com.br/vestibulares

ATUALIDADES ENEM 2013 - Parte 1


Quais os temas de atualidades que podem cair no Enem 2013


Está se preparando para a prova do Enem 2013? Confira a seguir uma lista com os principais temas da atualidade do primeiro trimestre de 2013 que podem cair no Enem 2013, e veja como cada um pode ser abordado no exame.
A prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) é conhecida pela abordagem aos temas atuais. E devemos reconhecer: o ano de 2013 já trouxe muitas novidades. É fundamental que você esteja familiarizado com tudo que vem acontecendo ultimamente, seja no Brasil ou no mundo, para garantir boas notas no exame que este ano acontece nos dias 26 e 27 de outubro.

Pensando nisso, o site Universia Brasil reuniu uma lista com os principais temas da atualidade ocorridos no primeiro trimestre de 2013. Todos os temas foram divididos e analisados de maneira que você fique com as informações mais importantes sobre cada um. Confira a seguir:
  

CRONOGRAMA ENEM 2013


Geografia e ENEM


Que a prova do Enem é interdisciplinar, contextualizada e muita ligada às questões atuais da nossa sociedade, todo mundo sabe.

Mas se tem uma disciplina dentro do exame que melhor representa tais características, certamente essa disciplina é a Geografia.
Podemos adiantar, por exemplo, que quando se trata de questões ambientais, geografia e biologia andam de mãos dadas dentro da prova. Sem falar ainda de história, que trás uma interdisciplinaridade com geografia que é difícil saber de qual disciplina remete determinadas questões.
Mesmo assim (mas levando em consideração essas características), podemos destacar os assuntos que mais aparecerem no Enem quando falamos em geografia:

  • Aspectos socioeconômicos, principalmente do Brasil. Mortalidade infantil e crescimento populacional são dois de diversos exemplos que poderiam ser lembrados nesse ponto.
  • Problemas ambientais, como enchentes, efeito estufa e desmatamento estão sempre presentes.
  • Geopolítica internacional. Primavera árabe, guerras e terrorismo sempre aparecem em questões que discutem um determinado contexto histórico. Muitas vezes, esse assunto refere-se ao papel brasileiro no referido cenário.
  • Assuntos diretamente ligados à agricultura como desmatamento, extrativismo predatório, fome e reforma agrária.
Tendo em mente as características da disciplina de geografia dentro do Enem e quais os assuntos mais frequentes, podemos relacionar algumas dicas que certamente aumentarão suas chances de sucesso na hora do exame:
1 – Além de conhecer a fundo o conteúdo programático do ensino médio, a primeira dica é óbvia: Atualize-se! Acompanhe jornais revistas e sites que destacam problemas socioeconômicos e ambientais do Brasil e do mundo.
2 – Dê preferência à mídia escrita. Pensando na fixação e no treinamento da sua concentração, é muito mais interessante LER uma noticia a ASSISTIR uma noticia.
3- Aproveite essas leituras para comparar gráficos, diagramas e tabelas com o texto da noticia em questão. Afinal, em diversas questões do Enem, é necessária a interpretação desses elementos visuais.
4- Na maioria dos casos, um fato é noticiado sem que se aprofunde nas razões que levaram a ocorrência do mesmo. E são justamente essas razões que muitas vezes são cobradas no exame! Portanto, não basta saber o que acontece, mas também conhecer suas causas e desdobramentos.

De acordo com o professor Daril Francisco Feltrin, do cursinho Oficina do Estudante, se compararmos as primeiras edições do Enem às mais recentes iremos perceber que a prova ficou mais óbvia e simples. "Para acertar as questões, é preciso analisar a atualidade, ler jornais e boas revistas, prestar atenção nos noticiários, principalmente no que é analisado nos primeiros seis meses do ano, de janeiro a junho."
Fonte: www.universia.com.br     www.infoenem.com.br