terça-feira, 24 de setembro de 2013

RUANDA: histórias de um genocídio


GENOCÍDIO EM RUANDA

Genocídio em Ruanda: Uma análise da intervenção humanitária à luz do Direito Internacional
Mércia Cardoso De Souza, Gabriela Flávia Ribeiro Mendes, José Maurício Vieira Filho
1. Considerações iniciais
A guerra civil ocorrida em Ruanda é oriunda da colonização belga sobre hutus – maioria étnica – e tutsis – etnia minoritária, bem como na “manipulação desta clivagem” para a Bélgica e por elites ruandesas a partir da disputa política desenvolvida a partir do processo de descolonização. No ano de 1899, os alemães declararam seu protetorado à Ruanda, contudo com a derrota na Primeira Grande Guerra, os belgas ocuparam este país.
A metrópole fez dos tutsis o grupo mais forte em termos político, econômico e militar. Na década dos 50 do século XX, os belgas utilizaram uma técnica denominada “dividir para governar”, favorecendo a formação de um grupo hutu extremamente forte, o qual se revoltou contra o governo tutsi em 1959.
Em 1961 Ruanda obteve autonomia a partir de um plebiscito que teve supervisão da Organização das Nações Unidas – ONU, vindo a se tornar independente em 1962.
A partir do momento em que a descolonização aconteceu, a elite política hutu substituiu os belgas, em uma competição política violenta, causando centenas de mortes de tutsis, o que levou a causar milhares de refugiados em Uganda, Burundi e Tanzânia.
“A descolonização da África despertou um nacionalismo Hutu antagônico não só aos belgas como aos Tutsi. O massacre de vinte mil Tutsi nos anos que precederam à independência provocaram um êxodo da elite minoritária, que está na origem da formação de uma diáspora anglófona em Uganda e na América do Norte (os Hutu permaneceriam francófonos).”
Em 1973, Juvenal Habyarimana, ministro da defesa do governo de Grégoire Kayibana, fez com que este governo caísse, chegando ao poder. Com isso, a sociedade passou a ser estratificada com a “formalização do sistema de quotas étnicas para empregos e oportunidades educacionais.” Ademais, o novo presidente favoreceu uma minoria de hutus habitantes do norte, o que acirrou mais ainda as diferenças entre as duas etnias.
Na década dos 80 do século XX, houve ataques contra a população ruandesa em Uganda, o que levou os exilados a se articularem no sentido de se unirem ao Movimento Revolucionário Nacional de Museveni. Em 1979, os membros deste grupo fundaram a Aliança Ruandesa para a Unidade Naciona, que mais tarde passou a ser denominado Frente Patriótica Ruandesa - FRP.
“Até os anos oitenta a relativa estabilidade do país fez com que Ruanda, apesar de seu regime político ditatorial de partido único, fosse capaz de atrair cooperação externa, particularmente de países de língua francesa (inclusive Canadá). Em 1988, os Tutsi, no exílio, se aliaram à dissidência interna – composta inclusive por representantes da etnia majoritária – formando a Frente Patriótica de Ruanda que acabaria por tomar o poder após haver sido vítima de tentativa organizada de extermínio por radicais Hutu.”
A FRP atacou Ruanda em 1990, dando início ao primeiro confronto do que passaria a ser uma guerra civil nos próximos três anos que teria como fim principal forçar a liderança de Ruanda a aceitar a repatriação dos refugiados, na sua grande maioria composta por tutsis.
2. Genocídio em Ruanda
A partir do ataque da FPR a Ruanda em 1990, iniciou-se uma guerra civil da qual o saldo foi de inúmeras mortes.
Com isso, a França, a Bélgica e o Zaire enviaram tropas para Kigali, a capital, oficialmente para proteger seus nacionais. Este último país deixou claro que as tropas deveriam prestar ajuda ao exército ruandês.
A FPR foi vencida e, com isso começou a se organizar como um movimento de guerrilhas. O governo passou a ser o autor de vários massacres da população civil tutsi, provocando assim, represálias da FPR.
Após três anos de negociações, os adversários à guerra civil ruandesa assinaram o Acordo de Arusha, pondo assim um fim ao conflito que iniciara em de agosto de 1990. Desse modo, foi instalado um governo de transição, no qual a FPR teve participação, embora houvesse uma acirrada oposição de hutus extremistas.
A ONU resolveu enviar uma missão para tentar minimizar os conflitos que estavam ocorrendo na região. Tal missão recebeu o nome de UN Assistance Mission for Rwanda – UNAMIR, tendo sido enviada a Ruanda em outubro de 1993, com o fim de promover a paz, monitorando “o frágil cessar-fogo”, bem como acompanhar o processo de desmilitarização. Contudo, os presidentes de Ruanda – Habyarimana – e do Burundi – Ntaryamira – morreram em um acidente de avião ocorrido em abril de 1994,  quando retornavam das negociações a respeito da tomada de providências para a efetivação do Acordo de Arussha, o que ocasionou uma “onda” de violência e mortes com “conotações políticas e étnicas”.
“As mortes dos Chefes de Estado de Ruanda e Burundi em 6 de abril de 1994,em um acidente aparentemente provocado, desencadearia uma onda de assassinatos de motivação étnica, política e indiretamente econômica, em que morreriam mais de oitocentos mil pessoas, enquanto três milhões se deslocariam internamente ou para países vizinhos. De uma população Tutsi ruandesa cerca de um milhão, sobreviveram menos de duzentos mil.”
A conjuntura ruandesa tornou-se uma catástrofe, na medida em que se tornaram alvos o Primeiro Ministro, o gabinete de ministros e a UNAMIR. Nesse contexto, “elementos das forças governamentais, da guarda presidencial e da milícia jovem hutu – a Interhamwe – ficaram livres para matar tutsis e líderes hutus moderados”.
Essa disputa tornou-se algo sem limites, fazendo com que quinhentos mil tutsis e hutus moderados fossem mortos em práticas genocidas, devido problemas de ódio com conotações étnicas. Após três meses do início dessa onda de destruição e violação de direitos humanos, o número de vítimas mortas chegou a ultrapassar um milhão.
Um novo governo que se instalou em Ruanda em abril não fez cessar as práticas de genocídio.
Somente em 17 de maio de 1994 o Conselho de Segurança da ONU reconheceu que o problema da região de Ruanda constituía uma ameaça à paz e segurança internacionais e, conseqüentemente impôs embargo a armamentos. Os países ocidentais ficaram inertes à conjuntura política e social de Ruanda e, somente a França se propôs a implementar uma intervenção com caráter humanitário,após a autorização da ONU.
3. Intervenção humanitária em Ruanda
O processo de intervenção humanitária em Ruanda foi considerado um fracasso. Primeiro, porque o caso de Ruanda evidenciaria os limites políticos da perspectiva de recorrer-se à força armada com objetivos humanitários e, também por ter sido uma ameaça à paz e à segurança internacionais e que as ações empreendidas para pôr fim ao massacre deveriam estar baseadas no Capítulo VII da Carta da ONU.
“Anos depois, uma Comissão Independente, estabelecida pelo SGNU, concluiria que a resposta da ONU havia sido um ‘fracasso retumbante’, resumindo na falta de recursos e de vontade política dos Estados-membros em assumir o compromisso necessário para prevenir o genocídio.”
Além disso, a intervenção humanitária em Ruanda deu sinais de falta de compromisso com o Direito Internacional Humanitário. Pode-se chegar a esta conclusão a partir do momento em que as tropas belgas, consideradas o maior contingente e mais forte da UNAMIR, foram retiradas e isso dificultava qualquer reação.
Logo nos primeiros dias (do massacre), o comandante militar da UNAMIR -general canadense Roméo Dallaire - requisitou a ampliação das tropas para cinco mil homens e novo mandato para impor o cessar-fogo. Kofi Annan, na época ocupava o cargo de secretário-geral da ONU, teria contatado representantes de cerca de cem diferentes governos a fim de conseguir tropas. Contudo o resultado foi sem sucesso.
No entanto, diante da crise que se alastrava em Ruanda, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) “decidiu reduzir esse contingente para 270 soldados e restringiu seu mandato à mediação e à ajuda humanitária, na medida do possível.
A decisão foi suficiente para que os demais Estados africanos e, principalmente, as agências humanitárias, criticassem este posicionamento. Além disso, o termo genocídio era evitado durante as discussões pelo CSNU com o objetivo de evitar implicações políticas e jurídicas aos Estados-Membros, diante da Convenção sobre a Prevenção e a Punição pelo crime do Genocídio de 1948.
No entanto, as decisões acerca da intervenção humanitária em Ruanda não foram precisas. Países que poderiam ter participado mais ativamente, ficaram de fora por não se sentirem responsabilizados pelo massacre.
Um exemplo é o posicionamento dos Estados Unidos que “julgavam não haver nenhum dever moral ou legal de intervir. “A diplomacia norte-americana observou que a intervenção somente poderia ocorrer com o consentimento das facções em conflito”.
Daí, veio a Resolução 929 representou o fundamento legal para a intervenção da França em Ruanda, exigindo, contudo que ela perseguisse finalidades estritamente humanitárias e se processasse de forma imparcial.
A Resolução 929 contou com dez votos favoráveis, um voto contra e cinco abstenções (Brasil, China, Nova Zelândia, Nigéria e Paquistão). A intervenção, comandada pelo exército francês, não poderia exceder o período de dois meses.    
4. Considerações finais
O caso do massacre ocorrido em Ruanda na década de 1990 é um exemplo de como o Direito Internacional Humanitário fica inerte diante de circunstâncias que necessitam de um posicionamento mais preciso por parte dos Estados e organizações internacionais.
Por mais que tenha havido interesse em resolver a situação em Ruanda, este mesmo interesse não foi desenvolvido com ações eficazes que garantissem resultados mais precisos.
Em se tratando de intervenção humanitária, as ações devem ser realizadas com o propósito de evitar danos às populações e não abster-se do compromisso humanitário, do qual todos os países estão envolvidos: com o bem coletivo e a cooperação para a promoção da paz e o bem-estar social.


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Estadão.edu lança curso preparatório para o Enem

O Estadão.edu lança nesta quarta-feira, 11, em parceria com o site Eschola.com, um curso grátis de preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com mais de 1,2 mil horas/aula de todas as disciplinas do Ensino Médio, além de técnicas de estudo, exercícios e simulados. Se impresso, o material teria mais de 5 mil páginas.
As inscrições podem ser feitas até o dia 30 de setembro, na internet (http://estadao.eschola.com). Não haverá seleção e as vagas serão distribuídas por ordem de inscrição. O login e a senha serão liberados 24 horas após a inscrição.
Segundo o diretor do Eschola.com, Paulo Milet, o curso seguirá o padrão dos Moocs: cursos livres, gratuitos e oferecidos para milhares de pessoas. Esse modelo de aulas já conquistou instituições renomadas, como as americanas Harvard, Stanford e Yale, além das brasileiras Universidade de São Paulo (USP) e Universidade de Brasília (UnB).
No ano passado, a Universidade de Miami, nos EUA, lançou o primeiro Mooc voltado para o ensino médio: um curso de Biologia para o SAT (o exame de seleção americano que funciona de modo similar ao Enem).
O curso preparatório para o Enem no Estadão.edu é o primeiro Mooc voltado para o ensino médio do Brasil. "Nesse curso, o aluno poderá reforçar os estudos na fase final de preparação para o Enem. Ele pode acessar as aulas online, na hora em que quiser", afirmou Milet. Junto com ele, administra o Eschola.com o empresário e ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet.
O treinamento seguirá o modelo de avaliação do Enem, com textos, quadrinhos e imagens, com foco na leitura e interpretação das questões. Serão oferecidas aulas de Técnicas de Estudo, Língua Portuguesa, Inglês, Química, Física, Biologia, Matemática, Geografia, História, Artes, Sociologia e Filosofia.
No site http://estadao.eschola.com, o aluno poderá conferir os cadernos de prova e gabaritos das edições anteriores do Enem desde 1998, quando ele foi criado. O exame será realizado nos dias 26 e 27 de outubro.

sábado, 24 de agosto de 2013

Respostas da prova de Geografia - Globalização e Blocos Econômicos

1) Inspirado no liberalismo clássico e em clara oposição ao Keynesianismo, o neoliberalismo propõe, entre outras medidas:
I. a atuação do Estado como empresário, como mediador das relações capital-trabalho e como regulador de taxas e tarifas.
II. o desenvolvimento de uma política de privatização das empresas estatais, para reduzir o papel do Estado na economia.
III. a minimização do poder dos sindicatos e a redução dos direitos trabalhistas.
IV. a redução das barreiras para a circulação de mercadorias e capitais entre países, promovendo, assim, uma maior abertura econômica.
Estão corretas:

a) apenas I, II e IV.   b) apenas I, III e IV.   c) apenas I, II e III.   d) apenas II, III e IV.   e) I, II, III e IV.

2) As sociedades contemporâneas vêm passando por transformações tecnológicas, econômicas e sociais nas últimas décadas. Sobre a chamada reestruturação produtiva iniciada na economia ao final do séc. XX é correto dizer que ela tem como características:
a) Técnicas de produção flexíveis baseadas na microeletrônica, utilização intensiva de mão-de-obra, menor exigência de qualificação do trabalho e redução do desemprego global;
b) Técnicas de produção rígidas, utilização intensiva de mão-de-obra, maior exigência de qualificação do trabalho e aumento do desemprego global;
c) Técnicas de produção flexíveis baseadas na microeletrônica, maior exigência de qualificação do trabalho e aumento do desemprego global;
d) Técnicas de produção rígidas, utilização intensiva de mão-de-obra, menor exigência de qualificação do trabalho e diminuição do desemprego global.

3) Com a atual dinâmica econômica mundial, esse país latino-americano é classificado como um “global trader”, porque negocia com vários países, participa da APEC (Associação de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), é membro associado do MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) e mantém estreita relação comercial com o NAFTA (Acordo Norte-americano de Livre Comércio). Trata-se:
a) do Panamá.  b) da Argentina.   c) da Venezuela.   d) do México.   e) do Chile.

4) “... Com a globalização, o que temos é um território nacional da economia internacional, isto é, o território continua existindo, as normas públicas que regem são da alçada nacional, ainda que as forças mais ativas do seu dinamismo atual tenham origem externa...” Milton Santos, Por uma nova globalização
Relacionando a frase de Milton Santos e a globalização, podemos afirmar que:
a) o Estado nacional recebe hoje uma maior influência de forças externas devido à internacionalização da economia.
b) os Estados passaram, com a globalização, a ganhar poder e agir independentemente das questões mercadológicas internacionais.
c) as fronteiras se tornaram menos permeáveis, tanto em relação aos agentes externos, como em relação aos produtos internacionais.
d) o mundo hoje é controlado por grandes corporações internacionais e o Estado perdeu totalmente a capacidade de normalizar seu território no setor econômico, ocupando-se somente do bem estar de sua população.
e) a redução do Estado neoliberal à esfera somente política facilitou o desenvolvimento do comércio mundial, tornando a concorrência e a distribuição mais igualitárias e justas.

5) "Carlos Salinas de Gortari assumiu a presidência após uma eleição controvertida (os resultados oficiais lhes deram 50,8% dos votos, depois que os computadores que fizeram a contagem passaram cinco dias em pane), e é hoje, sem dúvida, o político mais popular do México. Seu projeto político-econômico, no entanto, está sendo decidido no país vizinho, pois a reeleição de George Bush tornou-se fundamental para que o Tratado de Livre Comércio seja aprovado no congresso americano. Nunca antes as eleições nos EUA tinham despertado tanto interesse no México, embora seja costume dizer que, quando os EUA se resfriam, o México tem pneumonia."  (Adaptado de O GLOBO, 09 de fevereiro, 1992, p.48)
O texto faz-se referência à aprovação de um Tratado de Livre Comércio, envolvendo tanto os EUA como o México, O tratado em questão diz a respeito à(ao):
a) ALALC.   b) ALCA.   c) APEC.   d) NAFTA.  e) MERCOSUL.

6) (UFSCar-2004) Leia o texto. “Durante milênios, a história do homem faz-se a partir de momentos divergentes, como uma soma de aconteceres dispersos, disparatados, desconexos. Já a história do homem de nossa geração é aquela em que os momentos convergiram, o acontecer de cada lugar podendo ser imediatamente comunicado a qualquer outro, graças ao domínio do tempo e do espaço à escala planetária. A instantaneidade da informação globalizada aproxima os lugares, torna possível uma tomada de conhecimento imediata [...] e cria entre lugares e acontecimentos uma relação unitária à escala do mundo.” (Santos, Milton. A natureza do espaço.)
A interpretação desse texto permite-nos afirmar que
A) a sociedade atual, conectada pelas tecnologias de informação, produz um mundo igualitário, já que os lugares estão unidos por relações globais.
B) o avanço da tecnologia informacional, ao alterar a escala do tempo e do espaço, anulou a existência e o papel dos lugares.
C) na sociedade atual cada momento e cada lugar compreendem eventos que são interdependentes, incluídos em um sistema global de informações.
D) a instantaneidade das informações não possibilita a ocorrência de eventos em lugares e momentos específicos.
E) a existência de relações unitárias globais oferece oportunidades a todos os lugares e possibilita maior autonomia a eles.

7) (Fuvest-2002) Analise a charge abaixo e assinale a alternativa que melhor expressa seu conteúdo.

a) O desemprego estrutural nos países ricos e o pleno emprego nos países pobres.
b) A mundialização da economia e a exploração do trabalho nos países pobres.
c) A divisão internacional e sexual do trabalho, decorrente do padrão produtivo nos dias atuais.
d) O desemprego em países ricos e as condições de trabalho do setor terciário em países pobres.
e) O desenvolvimento desigual entre os países e a exportação de manufaturados, produzidos por mão-de-obra qualificada.

8) A respeito da criação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), pode-se afirmar que:
a) as resistências do Brasil à criação dessa área residem somente em abolir as barreiras não-tarifárias e os efeitos da lei de cotas (ambos impostos pelos EUA), que afetam exclusivamente o setor de suco de laranja.
b) a contradição de "global trader" do Brasil acabou pesando na decisão de o país retirar-se das negociações para a criação dessa área, voltando-se ao fortalecimento do Mercosul.
c) a estratégia brasileira tem sido, entre outras medidas, a de resistir à investida norte-americana para acelerar a criação dessa área e de fortalecer o Mercosul, para dialogar com os EUA em posição mais favorável.
d) assim como outros países do continente, o Brasil não assumiu compromissos como o reconhecimento de padrões internacionais de trabalho e a proteção ao meio ambiente.
e) setores produtivos do Brasil, como os de calçados, têxteis, siderúrgicos e suco de laranja desejam acelerar a criação dessa área por serem competitivos e não sofrerem sanções tarifárias e da lei de cotas impostas pelos EUA.

9) O NAFTA (North America Free Trade Agreement) corresponde a um acordo que, entre outras atribuições,
a) prevê a abolição progressiva das tarifas alfandegárias e a criação de um mercado comum entre Estados Unidos, Canadá e México.
b) consolida a integração do bloco comercial do Atlântico Norte, ao reunir Canadá e EUA, parceiros muito semelhantes em termos políticos, econômicos e demográficos.
c) torna legal a livre circulação de mercadorias e cidadãos mexicanos para os EUA, solucionando questões imigratórias das últimas décadas entre esses países.
d) realiza investimentos industriais em diferentes áreas do México, contribuindo para a redução dos profundos contrastes regionais desse país, cuja única riqueza é a disponibilidade de mão-de-obra.
e) tem como meta restabelecer o fluxo comercial dos EUA com a América Latina, interrompido pelas exigências e taxações feitas aos produtos alimentícios.

10) Em resposta à tendência mundial de formação de blocos de países, constituíram-se o NAFTA, o MERCOSUL, a União Europeia, a CEF e a APEC. Marque a alternativa em que há correta correspondência entre o bloco e os países que o constituem.
a) NAFTA - Canadá, Estados Unidos e México
b) MERCOSUL - Argentina, Brasil, Equador e Paraguai
c) União Europeia - Alemanha, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Portugal e Turquia
d) CEF - Armênia, Bielo-Rússia, Moldávia, Rússia, Turcomenistão, Ucrânia e Japão
e) APEC - Brasil, Canadá, China, Filipinas, Japão e Vietnã

Folha lança simulado on-line para o Enem com redação

Folha está lançando, em parceria com a empresa de tecnologia educacional Adaptativa, as inscrições para o simulado on-line para o Enem (Exame Nacional de Ensino Médio), com questões objetivas e redação.
Serão 180 perguntas inéditas, desenvolvidas pela equipe de professores da Adaptativa, distribuídas pelas quatro grandes áreas do conhecimento do Enem: ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e redação e matemática.
Para fazer o simulado Folha-Adaptativa é preciso fazer uma inscrição aqui. O exame é gratuito.
A prova será realizada de 16 a 22 de setembro, no mesmo site, no dia e horário que o usuário quiser, em até quatro horas e meia cada etapa.
CORREÇÕES
As questões serão corrigidas na simulação com a mesma tecnologia utilizada pelo MEC, a TRI (Teoria de Resposta ao Item).
Esse sistema dá maior pontuação às questões mais difíceis, considerando o índice de acerto das perguntas no grupo que faz o exame.
A TRI também permite a redução da importância das perguntas que foram aparentemente "chutadas" pelos estudantes. Com isso, 150 acertos não significam necessariamente 150 pontos na prova. Depende de quais questões foram acertadas.
O boletim de desempenho contendo as notas e a análise de desempenho individual de cada participante estará disponível a partir de 4 de outubro, pelo mesmo site.
"Isso é importante porque o aluno tende a estudar sempre aquilo que gosta e que vai bem. Mas pelo relatório ele saberá exatamente quais áreas precisará se dedicar mais", explica o engenheiro Clécio Lima, da Adaptativa, um dos responsáveis pela elaboração do simulado.
O primeiro colocado nas questões ganhará um tablet Galaxy 2.7 de 16 GB.
REDAÇÃO
O simulado Folha-Adaptativa traz ainda redação, uma novidade nesse tipo de exame eletrônico.
A correção das redações será feita de maneira colaborativa pelos próprios alunos.
Depois de receber a correção do seu texto, o usuário será convidado a reescrevê-lo e a submetê-lo novamente.
Esse sistema já existe, por exemplo, em sites internacionais de aprendizado de idiomas. No Brasil, em simulados para o Enem, é novidade.

sábado, 20 de julho de 2013

Sistema de ensino abre inscrições para simulado aberto do Enem

Sistema de ensino oferece simulado Enem em 94 cidades, de 19 estados do País, aberto a todos os interessados. O simulado acontecerá em escolas e cursos pré-vestibulares parceiros do Sistema COC de Ensino. As inscrições podem ser feitas até 15 de agosto pelo site www.simuladaoenem.com.

O simulado também é divido em dois dias, bem como o Enem. As provas serão realizadas nos dias 24 e 25 de agosto.

Os gabaritos oficiais e comentados estarão disponíveis nos sites www.sistemacoc.com.br,www.cocvestibulares.com.br e www.coceducacao.com.br (exclusivo para escolas parceiras), às 19h, nos respectivos dias das provas.

O estudante também poderá conferir no site do simulado o desempenho que obteve na prova a partir da Teoria da Resposta ao Item (TRI), sistema utilizado pelo Inep para a correção do Enem. O boletim pela TRI estará disponível no dia 20 de setembro, a partir das 19h.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Pedidos de isenção ou redução da taxa da Fuvest vão até dia 2 de agosto

Os vestibulandos já podem fazer pedidos de isenção ou redução da taxa do vestibular 2014 da Fuvest, por meio do site da instituição. O prazo vai até o dia 2 de agosto.
De acordo com deliberação do Conselho Curador da Fuvest, para obter isenção, o interessado deve ter renda individual ou pertencer a uma família com renda per capta de, no máximo, R$ 998. Se a renda variar de R$ 998,01 a R$ 1.920,00, ele terá direito à redução de 50% do valor da taxa. No entanto, para ter direito a pagar apenas metade do valor da taxa, o requerente deve ter renda individual de, no máximo, R$ 1.478,00.
A Superintendência de Assistência Social da Universidade de São Paulo (SAS/USP) fará a análise dos documentos. As dúvidas sobre o processo serão esclarecidas pelo e-mail isento2014@usp.br até as 23h30 do dia 2 de agosto. No dia 21 de agosto, a Fuvest disponibilizará a lista de beneficiados no seu site, para consulta individual. A inscrição para o vestibular será de 23 de agosto a 9 de setembro de 2013.
Mais informações no site da Fuvest: http://www.fuvest.br/

PREPARAÇÃO ENEM 2013

Dois links que podem ajudá-lo na preparação para o ENEM 2013.


http://educacao.uol.com.br/album/2013/06/14/aplicativos-gratuitos-treinam-estudante-para-prova-do-enem-conheca-dez.htm


http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/06/27/aulas-na-internet-ajudam-aluno-a-se-preparar-para-enem-veja-18-cursos.htm

terça-feira, 18 de junho de 2013

Tá navegando sem rumo certo? visite o site FRONTEIRAS DO PENSAMENTO

O Fronteiras do Pensamento é um projeto cultural múltiplo que aposta na liberdade de expressão intelectual e na educação de qualidade como ferramentas para o desenvolvimento. Através de uma série anual de conferências, o Fronteiras abre espaço para o debate sobre a identidade do século XXI, apresentando pensadores, cientistas e líderes que estão, cada um a seu modo, na vanguarda nas mais diversas áreas de pesquisa e pensamento.      http://www.fronteiras.com/

Um publicação interessante  sobre Cultura, Religião e Liberdade está disponível no seguinte link:   http://www.fronteiras.com/images/edi/geracaoz_edicao01.pdf


domingo, 16 de junho de 2013

Super Aulas ENEM - Geografia (lista de reprodução)

Vídeos do grupo Estadão e do curso Positivo. Vídeos de 2011 e 2012 mas que podem ser úteis aos seus estudos!!

Vivemos a globalização da revolta?

DOUTRINA BUSH PARTE 3

DOUTRINA BUSH PARTE 2

POLÍTICA EXTERNA DOS EUA: A DOUTRINA BUSH

O CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES


Série História das Religiões. (lista de reprodução)

sábado, 25 de maio de 2013

CONFIRA AS RESPOSTAS DA AVALIAÇÃO REALIZADA NO DIA 23 DE MAIO DE 2013

AVALIAÇÃO DE GEOGRAFIA

1) As afirmações seguintes relacionam-se a acordos internacionais – Rio de Janeiro (1992) e Kyoto (1997) – para redução da emissão de gases que intensificam o efeito estufa e aceleram o aquecimento global, atingindo assim todos os climas da Terra.

I. Os Estados Unidos da América e a China são os principais países emissores de gases de efeito estufa, devido ao grande volume de suas atividades econômicas.

II. Os Estados Unidos foram um dos primeiros países a aderir ao primeiro tratado citado propondo, durante a Rio 92, que um país possa comprar de outro parte da cota da emissão de gases-estufa.

III. Os acordos internacionais, apesar de polêmicos, não contrariam interesses dos produtores de petróleo e de automóveis.

IV. Vários países do mundo aderiram ao Tratado de Kyoto, concordando em estabelecer metas para reduzir a emissão de gases estufa desde o início do século XXI.

Está correto apenas o que se afirma em: 

a) I e II     b) I e III      c) II e IV      d) II e III      e) I e IV



2) O planisfério retrata um fenômeno muito significativo e cada vez mais preocupante no mundo globalizado. O movimento representado pelo sentido das flechas se concretiza por razões diversas, mas com repercussões importantes em grandes extensões do espaço geográfico. É mais provável que a situação representada no mapa seja




a) o movimento de terroristas responsáveis por atentados em áreas urbanas no hemisfério norte.
b) a transferência de tecnologia referente ao uso de células tronco. 
c) os fluxos migratórios atuais. 
d) o comércio ilegal de armamentos nucleares. 
e) a produção e consumo de biogás. 



3) Os livros didáticos de geografia, ao discutirem a questão da demografia mundial, têm indicado tendências quanto à dinâmica populacional para os próximos anos. As alternativas abaixo indicam tais tendências, EXCETO:

a) Há uma efetiva desaceleração nas médias de crescimento populacional mundial, a despeito do fato de que a média mundial esconde diferenças como: ser muito baixa nos países ricos e ainda ser alta nos países pobres.

b) As migrações estão inseridas nas tendências mundiais da população, e estão diminuindo. Os movimentos migratórios, em termos mundiais, têm se dirigido a países em desenvolvimento, como o Brasil.

c) Em 2007, pela primeira vez na história mundial, ocorreu o fato de haver mais pessoas morando na zona urbana, do que na zona rural. O crescimento urbano ocorre de maneira mais acelerada nos países em desenvolvimento, onde tal processo deve agravar os problemas socioeconômicos próprios da urbanização.

d) Há uma tendência de envelhecimento da população mundial. Isso se observa a partir da combinação entre crescimento vegetativo baixo e aumento da longevidade.



4) Tendo em vista a dinâmica mundial dos movimentos migratórios na atualidade, qual das afirmações a seguir pode ser considerada correta?

a) As graves crises econômicas e políticas que estão ocorrendo na África têm feito com que as fronteiras de alguns países sejam palco de afluxo de milhares de refugiados, produzindo o que podemos chamar de "fronteiras em caos".

b) A fronteira que separa a Europa do Noroeste da África mantém a mesma abertura da década de 50 e essa situação é de suma importância para o fluxo migratório em direção à Europa.

c) Na África, as migrações entre países pobres não encontram impedimentos por parte dos Estados, fato que provoca uma grande mobilidade da população em todo o território africano.

d) As migrações oriundas da região do Caribe, em direção à América do Norte, não conhecem nenhum tipo de obstáculo, fato que tem contribuído para o aumento dos fluxos migratórios.

e) As "fronteiras abertas" dos países da Europa Ocidental têm permitido o livre fluxo de imigrantes oriundos, principalmente, dos países do Caribe e da África que apresentam graves problemas econômicos.



5) Sobre o tema "migrações da população", é incorreto afirmar que:

a) Os movimentos migratórios não são aleatórios, mas decorrentes de condições econômicas, políticas e até naturais.

b) Êxodo rural é um movimento populacional que ocorre no sentido campo→ cidade.

c) Com a globalização os movimentos migratórios se tornaram mais intensos e estimulados por todas as nações desenvolvidas 
para suprir a falta de mão-de-obra. 

d) A Europa foi, durante muito tempo, área de emigração e hoje é um centro receptor de imigrantes.

e) As migrações contribuem consideravelmente ao processo de miscigenação étnica da população.

6) (ENEM / 2006) – Tendência nas Migrações Internacionais
O relatório anual (2002) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela transformações na origem dos fluxos migratórios. Observa-se aumento das migrações de chineses, filipinos, russos e ucranianos com destino aos países-membros da OCDE. Também foi registrado aumento de fluxos migratórios provenientes da América Latina. 

As migrações citadas estão relacionadas, principalmente, à

a) Ameaça de terrorismo em países pertencentes à OCDE.

b) Política dos países mais ricos de incentivo à imigração.

c) Perseguição religiosa em países muçulmanos.

d) Repressão política em países do Leste Europeu.

e) Busca de oportunidades de emprego.



7) As migrações internacionais vêm ganhando um certo destaque no cenário mundial, já há alguns anos, ou seja, desde a década de 80 do século passado. Contribuíram para esse importante fato, estudado pela Geografia Humana:
1) as desigualdades econômicas regionais. 
2) os conflitos bélicos. 
3) a destruição do bloco soviético. 
4) a formação de blocos econômicos. 
5) a nova onda de epidemias. 
6) o fim das divergências étnicas. 
Estão corretas apenas: 
 a) 1, 2 e 5    b) 3, 4 e 6    c) 1, 5 e 6    d) 1, 2, 3 e 4     e) 2, 3, 4 e 5 



8) Considerando-se os reflexos das migrações internacionais na organização do espaço mundial, é INCORRETO afirmar que há:

a) um aumento de ações decorrentes da xenofobia que caracteriza parcela da população dos países receptores de imigrantes.

b) um crescimento do contingente de imigrantes ilegais, o que tem favorecido a criação de leis que dificultam e criminalizam a presença deles nos países receptores.

c) plena integração cultural e socioeconômica, no país receptor, das gerações posteriores de imigrantes, tornadas cidadãos nacionais.

d) uma tendência à mudança do perfil étnico, nos países receptores, em razão do número de imigrantes recebidos e de seu comportamento demográfico diferenciado. 

9) Reflita sobre a ilustração. A ONU realizou, em 1997, uma Convenção sobre mudanças climáticas que se tornou conhecida por Protocolo de Kyoto. Considerando as decisões dessa Convenção, depreende-se que o autor da ilustração

 
a) demonstra o empenho dos Estados Unidos no combate às causas do chamado aquecimento global. 

b) defende as ações que os Estados Unidos tomaram para eliminar as causas do efeito estufa do planeta.

c) critica os Estados Unidos por desrespeitarem determinações de organizações que defendem o meio ambiente.

d) denuncia os Estados Unidos pelo fato de ele ter proibido a realização de congressos em defesa do meio ambiente. 

e) concorda com a política ambiental dos Estados Unidos de redução de gases que provocam o efeito estufa.



10) “Para produtos e capital, a globalização acabou com as fronteiras. Para pessoas, não.”(Revista Época, 03/07/06, p. 38.)
A diferença de nível de vida leva milhares de habitantes de países pobres a tentar a busca de novas oportunidades nos países ricos, gerando problemas de imigração. Nesse contexto, é incorreto afirmar que: 

a) A motivação que impulsiona o processo migratório, antes de ser um processo de expulsão pela falta de perspectiva de trabalho no país de origem, é resultante da atração que os países ricos exercem sobre os países pobres.

b) As restrições impostas à migração têm gerado políticas cada vez mais rígidas de controle de fronteiras, condicionando o surgimento de inúmeros itinerários de rotas não convencionais.

c) A acolhida e a rejeição da mão de obra do imigrante são partes de um mesmo processo: países ricos precisam de sua força de trabalho para tarefas menos qualificadas ao mesmo tempo em que desenvolvem resistência contra suas características culturais/étnicas.

d) As migrações internacionais não foram estancadas pelo processo de globalização, pois, a despeito de uma considerável geração de trabalho nos países fonte de migrantes, a globalização tem contribuído, dentre outras coisas, para a primarização das economias, concentração de renda e ampliação das desigualdades sociais nos países periféricos.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Testando seus conhecimentos...


1) (PUC PR) Leia atentamente o texto abaixo:
Todos os dias, milhares de jovens e adultos levantam-se antes do nascer do Sol, pegam o ônibus, mais outro ônibus e, cerca de uma hora depois, estão no município vizinho, uma metrópole. Lá está o seu lugar de trabalho ou de estudo, ou até de ambos, enfim, o lugar do seu longo dia.  Pela noite, é hora de voltar. Um ônibus num terminal, outro ônibus e outro terminal e bem tarde, está em sua casa, em sua cidade, que é tipicamente uma cidade-dormitório.  Noutro dia, o programa será o mesmo.
Esse é o cotidiano de milhares de pessoas que vivem nas regiões metropolitanas do Brasil: cada dia um vai-e-vem.
Essa forma de migração é denominada:
a) Movimento pendular.
b) Êxodo rural.
c) Êxodo urbano.
d) Migração sazonal.
e) Transumância.

2) (UNIFESP) O lamentável episódio que culminou no assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes em Londres remete à lembrança de que o Brasil é um país de emigrantes. Os principais destinos de brasileiros geraram denominações como “brazucas”, “dekasseguis” e “brasiguaios”, que são associados, respectivamente, a brasileiros que foram para:

a) Estados Unidos, Japão e Paraguai.
b) União Européia, China e Bolívia.
c) Reino Unido, Coréia do Sul e Paraguai.
d) Estados Unidos, Coréia do Sul e Bolívia.
e) Reino Unido, Japão e Equador.

3) (Unicamp) A tabela a seguir traz informações sobre a percentagem de pessoas que residem fora de seu Estado de origem, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2001/2007 do IBGE.
Com base nas informações da tabela sobre a dinâmica migratória da população brasileira, é possível afirmar que:
a) Os Estados da região Nordeste do Brasil apresentaram, no período, a menor percentagem de população nascida em outras Unidades da Federação. Isso ocorre porque os Estados dessa região sempre apresentaram uma elevada taxa de imigração de sua população para unidades da federação.
b) Os Estados da região Centro-Oeste apresentaram, no período, a maior percentagem de pessoas residentes oriundas de outras Unidades da Federação. Isso ocorre porque esses Estados receberam, nas últimas décadas, elevados fluxos migratórios de população brasileira para a ocupação da fronteira agrícola.
c) Nos Estados da região Sudeste houve um decréscimo da percentagem de pessoas residentes nascidas em
outras Unidades da Federação. Isso ocorre porque todos os Estados dessa região sempre tiveram importantes fluxos emigratórios de população direcionados para a ocupação de outras regiões do país.
d) Os Estados da região Sul têm o segundo menor índice de pessoas residentes não naturais dessas Unidades da Federação. Isso ocorre porque esses Estados, historicamente, apresentam baixos fluxos emigratórios de sua população com destino a outras unidades da federação.

domingo, 19 de maio de 2013

Vídeo-debate sobre maioridade penal realizado pelo jornal Estadão

O desembargador Antonio Carlos Malheiros, que é contra a redução da maioridade penal, e o promotor Marcelo Luiz Barone, que é a favor, debatem o tema. Mediação do advogado Cristiano Avila Maronna.  (Publicado em 07/05/2013)  Duração  33min14s

O DEBATE SOBRE A MAIORIDADE PENAL


LEIA OS TEXTOS E REGISTRE SUA OPINIÃO NOS COMENTÁRIOS (no final dessa postagem)


Texto 1: Reduzir a maioridade penal é confissão de culpa do Estado

Ninguém seria contra o aumento das punições se os governantes tivessem cumprido suas obrigações legais no trato da infância brasileira.
Por Herson Capri

Depois de um homicídio executado por um menor de 18 anos em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) enviou ao Congresso um projeto de lei que amplia a punição para menores que praticarem delitos graves. O secretário de Segurança Pública do Estado, Fernando Grella, acha isso necessário “para proteger o cidadão de bem”. Ambos querem alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, um conjunto de normas de proteção aos menores, com respaldo internacional e da ONU e considerado uma das leis mais avançadas na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. Alckmin e Grella preferem modificar essa lei a realizar políticas públicas de inclusão de crianças e adolescentes carentes exigidas pelo mesmo estatuto e que, com certeza, reduziria em muito os crimes praticados pelos jovens. Pelo posicionamento do governador de São Paulo e do seu secretário de Segurança, o “cidadão de bem”, aquele da classe média ou alta, engravatado, totalmente inserido no nosso contexto social, merece a proteção do Estado, já o menor abandonado, sem nenhuma condição de viver dignamente e que por isso acaba caindo na marginalidade, não merece a mesma atenção.
Há também movimentos para reduzir a maioridade penal. Essas alterações no ECA, se acontecerem, irão atingir principalmente aquele segmento já excluído que vive à margem da sociedade. A criança e o adolescente de classe média ou alta, a minoria, tem boa alimentação, uma educação muito melhor do que a da escola pública, a presença constante de familiares, tem acesso às informações, à cultura, ao lazer, enfim, à dignidade. Coisas que fazem a diferença e que não estão presentes em medida aceitável nas classes mais baixas nas quais os pais estão lutando pela sobrevivência, ou muitas vezes desempregados, às vezes optando por atividades ilegais, e os seus filhos ficam à deriva nas escolas públicas ainda deficientes e à mercê de oportunidades lucrativas, porém espúrias. Esses jovens mais pobres são a maioria e se deparam com uma política pública quase nula para essa faixa de idade, com poucas exceções. Essa exclusão fica bem clara com a constatação de que 92% dos municípios brasileiros não têm cinema, nem teatro, nem museu. Então aonde o jovem vai se expressar, se manifestar, adquirir cultura e se enturmar de forma saudável?
Se em alguns países a maioridade penal se dá em idade menor do que a nossa é porque há políticas públicas eficientes, o jovem tem amparo de fato por parte do Estado. No nosso caso há a previsão na lei, mas não há o fato. Segundo o Art. 4º do ECA “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”
A questão mais importante não é a idade penal ou a pouca punição. A proteção dos jovens vítimas do abandono é, reconhecidamente, o melhor caminho para se evitar a delinquência juvenil. Se houver a redução da maioridade penal ou alteração nas penas já estabelecidas, estaremos tapando o sol com a peneira e eximindo a sociedade e o poder público de qualquer culpa. E a culpa maior é do Estado, que não cumpre a lei. Ninguém seria contra a redução da idade penal ou o aumento das punições para menores delinquentes se os governantes tivessem cumprido com as suas obrigações legais, se houvesse democracia de fato para essas crianças.
A sensação que fica nestas tentativas de modificar uma lei exemplar é a mesma dos nazistas: se os judeus supostamente atrapalham a economia, morte aos judeus. Ou como aconteceu no Rio de Janeiro, numa certa época: os mendigos estão poluindo o visual da cidade, prendam-se os mendigos. Ou como no massacre do Carandiru: os presos empilhados em condições desumanas se revoltaram e... Deu no que deu. Massacre. A solução mais fácil, mais burra e mais cruel.
Chama atenção o argumento de que a criminalidade dos menores está aumentando gradativamente nos últimos anos. Como se esse aumento fosse uma mostra da necessidade da redução da maioridade penal. Essa não é uma análise do fato com a retidão necessária. É claro que a criminalidade do menor está aumentando, mas é claro também que o motivo é o abandono, que só aumenta. Preferem investir maciçamente em segurança. Para eles, faz muito sentido.
Realmente, ao se cuidar da infância pobre, de concreto e de imediato não se ganha nada do ponto de vista material e pouco do ponto de vista eleitoral. Mas se é esse o objetivo de um político, de um governante, obter vantagens, que se reduza a maioridade penal e que se aumente a penalização dos nossos adolescentes. Seria até melhor declarar em alto e bom som: as crianças e adolescentes que não tem condições de ter uma boa vida, que se lixem!
Pois é o que alguns adolescentes estão fazendo: eles estão se lixando! O feitiço está virando contra o feiticeiro. Se os “homens de bem” não fizeram o dever de casa, como exigir que menores esfomeados e desesperados façam os seus?
Herson Capri é ator.
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/reduzir-a-maioridade-penal-e-confissao-de-culpa-do-estado (publicado em 07/05/2013)


TEXTO 2: Maioridade penal e discernimento
Por: ROGÉRIO GANDRA MARTINS

O ponto de partida dos debates sobre a redução da maioridade penal é o Direito.
Nossa Constituição consagrou no artigo 14 que "a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos (...) sendo o direito ao voto facultativo aos maiores de 16 anos e menores de 18".
Por outro prisma, a Constituição estabeleceu em seu artigo 228 que "são penalmente inimputáveis os menores de 18 anos, sujeitos às normas da legislação especial".
A legislação especial a que faz menção o artigo veio a ser promulgada pouco após a Constituição: O Estatuto da Criança e do Adolescente (lei nº 8.069/90), que tratou no campo específico do menor infrator o estabelecimento de "medidas socioeducativas" como formas de "penas" pelos atos praticados.
Comparando o tratamento conferido ao menor caso cometa algum ato contra a lei e a gama de direitos ao mesmo conferidos, noto uma verdadeira esquizofrenia legislativa.
O Código Civil de 2002, por exemplo, estabelece que o menor pode dispor sobre seu patrimônio por testamento, ser mandatário em atos jurídicos, entre outras conquistas.
Quando se verifica que o menor pode por si só entender as complexidades de um contrato de compra e venda, mas não consegue "discernir plenamente" o que é um homicídio ou não, e caso o pratique será totalmente inimputável, conclui-se que há uma profunda discrepância entre como os outros campos de direito cada vez mais veem o "menor" como apto a conhecer a realidade de direitos e deveres e a legislação penal, datada de 1940, que ainda o vê com ares de total falta de discernimento, tratando-o como uma criança de 2 anos!
Ainda do ponto de vista jurídico, não compartilho do entendimento segundo o qual a inimputabilidade penal ao menor de 18 anos seja uma cláusula pétrea da Constituição e, portanto, imodificável. O Direito deve ser revisto de forma urgente, caso contrário, continuará letra morta na questão da maioridade penal.
O tema quebrou as barreiras de questionamentos acerca de classes sociais. Barbáries são perpetradas hoje por jovens de todas as classes e a todos é necessária imperiosa repreensão estatal.
Reconheço que a diminuição da maioridade penal não resolverá em absoluto os problemas da criminalidade. Mas, uma vez aprovada, grande parte dos "menores sem discernimento" parará para pensar antes de cometer atrocidades.
Não podemos ser ingênuos a ponto de imaginar que um menor que pratica um ilícito não sabe de todo o aparato de benesses que o espera. No máximo uma condução a um estabelecimento especial, com a aplicação de uma medida socioeducativa, prazo de permanência ínfimo, bem como um período de prescrição da conduta mínimo.
Se adotada a medida, as técnicas do crime organizado de usar a infantaria dos "menores inimputáveis" na primeira linha do front de guerra, a fim de que os "de maior" sejam poupados para operações de grande vulto, seriam razoavelmente diminuídas.
O problema da criminalidade no país só será realmente analisado caso se pratiquem contundentes medidas interdisciplinares. Um elevadíssimo investimento em educação de altíssima qualidade, aparelhamento e condições efetivas para que as polícias possam de fato prestar segurança à população, uma verdadeira revolução em termos de políticas públicas a fim de retirar as populações menos abastadas dos níveis de miséria e não as algemas eleitorais de parcas bolsas família e tantas outras bolsas.
Se 93% da população brasileira é favorável a essa redução, o mínimo que a ela se pode ofertar é a possibilidade de exercer sua cidadania por um plebiscito.
Ou se toma uma atitude condizente com a realidade brasileira, ou o que se poderá falar amanhã para o pai ou mãe de um filho vítima inocente de um homicídio com requintes de crueldade? Será que aceitarão as palavras "Tenham pena do garoto, não sabe ainda o que faz"?

ROGÉRIO GANDRA MARTINS, 43, advogado atuante em direito público, é membro do conselho superior de direito da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo)

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2013/05/1277461-rogerio-gandra-martins-maioridade-penal-e-discernimento.shtml (Publicado em 13/05/2013)

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O Infográfico como ferramenta de estudo

Infografia é uma forma ilustrada, por desenhos ou fotografias, ou ainda juntando os dois, de forma a apoiar o texto de uma matéria ou ainda o estudo de um determinado assunto. Você pode encontrar infográficos de diversos assuntos na internet. Para alguns alunos pode ser uma maneira mais interessante de estudar.

Hoje, com a necessidade da informação ser absorvida de maneira mais rápida, os infográficos estão sendo utilizados em grande escala e estão presentes em provas de concursos, vestibulares e no ENEM. São muito frequentes em jornais e revistas (impressos e  eletrônicos). Mas há que se ter consciência de um detalhe: a infografia não pode competir com um texto, ela tem que complementar o texto.






Entenda a diferença entre Sisu, Prouni e Fies



A reestruturação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ampliou as possibilidades para os estudantes que saem do ensino médio entrarem em uma faculdade ou universidade. Muitas instituições de ensino passaram a adotar o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) - que utiliza as notas do Enem - como forma de seleção parcial ou integral, o que fez aumentar a procura e as notas dos participantes:no Sisu deste ano, mais de 1,9 milhão de candidatos concorreram a 129 mil vagas.
Quem não conseguiu nota suficiente para entrar na universidade pelo Sisu, pode ainda recorrer a outras duas formas alternativas aos vestibulares tradicionais: o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Entenda a diferença entre estas três formas de seleção.

Sisu

O Sistema de Seleção Unificada foi desenvolvido pelo Ministério da Educação para selecionar os candidatos às vagas das instituições públicas de ensino superior que utilizarão a nota do Enem como única fase de seu processo seletivo. A seleção é feita pelo Sistema com base na nota obtida pelo candidato. No site, os candidatos podem consultar as vagas disponíveis, pesquisando as instituições e os seus respectivos cursos participantes. A primeira chamada do Sisu 2013 já foi divulgada. 

Prouni

O Programa Universidade para Todos oferece, para estudantes de baixa renda, bolsas de estudo integrais ou parciais - quando o estudante precisa arcar com 50% das mensalidades do curso - em faculdades ou universidades particulares. O Prouni também seleciona os candidatos com base na pontuação obtida pelo Enem: é necessário ter feito mais de 450 pontos na prova, e não ter tirado nota zero na redação
Para participar, o candidato precisa ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou em uma instituição de ensino particular como bolsista. Para concorrer à bolsa integral, é preciso comprovar renda bruta familiar por pessoa de até 1,5 salário mínimo. Para as bolsas parciais, a renda familiar deve ser de até três salários mínimos por pessoa. 

Fies

O Fundo de Financiamento Estudantil é um programa, também do Ministério da Educação, que financia a graduação na educação superior de estudantes matriculados em instituições particulares. Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliação positiva nas avaliações do MEC.
Desde 2010, o Fies passou a operar em fluxo contínuo, ou seja, o estudante pode solicitar o financiamento em qualquer período do ano, de acordo com a sua necessidade. As inscrições são feitas pelo SisFies (Sistema Informatizado do Fies), disponível para acesso no site do próprio Fies. Os estudantes que fazem sua graduação pelo Fies passam por três períodos até quitarem seus financiamento:
Fase de utilização: Durante o período de duração do curso, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50, referente ao pagamento de juros incidentes sobre o financiamento.
Fase de carência: Após a conclusão do curso, o estudante terá 18 meses de carência para recompor seu orçamento. Nesse período, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50, referente ao pagamento de juros incidentes sobre o financiamento.
- Fase de amortização: Encerrado o período de carência, o saldo devedor do estudante será parcelado em até três vezes o período financiado do curso, acrescido de 12 meses. Ou seja, se o curso feito teve a duração de quatro anos, ele terá 13 anos para quitar o saldo.
O estudante que conseguir apenas uma bolsa parcial (50% da mensalidade) no Prouni pode custear a outra parte por meio do Fies sem necessidade de apresentar fiador.
Fonte: www.uol.com.br

A POPULAÇÃO BRASILEIRA EM NÚMEROS


Fonte: www.ibge.gov.br





O catálogo A USP e as Profissões apresenta a USP e suas formas de profissionalização de um ponto de vista abrangente, proporcionando uma visão global da Universidade. Ao mesmo tempo, deseja contribuir para que o estudante, ao tornar-se universitário, desenvolva um relacionamento integrador com a comunidade universitária e com a sociedade, aproveitando as múltiplas atividades acadêmicas, culturais e sociais que a USP lhe oferece. Adicionalmente, indica as unidades de ensino, os cursos oferecidos e as ações de apoio aos alunos em cada um dos sete campi, além de seus órgãos de integração (institutos especializados e museus). Descreve também os perfis dos profissionais formados pelos diversos cursos e sua atuação no mercado de trabalho.

O catálogo está disponível no seguinte link:

http://www.prceu.usp.br/portal.php/downloads/uspprofi/catalogo_uspprofi-2013.pdf